MARCAS DO SOFRIMENTO
Hei.... Você da cidade; olhe bem para o meu rosto, E diga, qual minha idade? Pelas rugas de cansaço; muita fome e sofrimento, Não tenho o que você tem; pois nem quase me alimento! No calor da terra seca; desse tão vasto sertão, perdi minha mocidade; Acho até que o coração. Hoje, já bem cansada; trago no rosto suado, As marcas do meu passado; que me fizeram ficar, com o rosto todo enrugado. Em que mundo nós estamos; se somos todos irmãos? Sem justiça, sem igualdade; por isso, me envergonho, E escondo meu rosto com as mãos! MARIA SOCORRO
Enviado por MARIA SOCORRO em 08/03/2005
Alterado em 17/11/2005 |